Meninas, vocês lembram que a gente falo que ia postar histórias de
leitoras aqui no blog? Então a Cleide, "mandou" a história pra gente.
Vamos à história:
Pois bem, nos anos 80 nasci eu com
o cabelo crespim crespim, não recordo, mas tenho apenas uma foto que me faz ter
ideia de como era...
Quando maiorzinha meu pai, isso mesmo, meu pai e
não minha mãe, foi o maior incentivador a favor do salão, (vamos domar
esse cabelin) deve ter sido o pensamento dele por anos, minha mãe e ele já
estavam traumatizados, pois minha mãe tinha passado por um corte químico
terrível que segundo os mesmos a vez caminhar por muito tempo com lenço
escondendo parte da careca.
Então qual a solução para
"domar" o cabelo da filha sem lhe causar danos... A mesma solução que
foi dada a minha mãe, o milagroso e bondoso ferro (obs.: não é ferro de passar
roupa não viu rsrsrsrs, é o avô da atualíssima prancha).
E nisso vivi por anos, lavava os cabelos
colocava uma toca de crochê (tinha várias) ia ao salão e de lá saia
com os cabelos escorridos para felicidade do meu pai e minha também rsrsrsrs...
Era um ritual semanal.
Depois passei por um aperto
financeiro e conheci a salvadora prancha, que permitia deixar meu cabelo da
mesma forma que seu avô permitia (ferro), sem precisar muito custo, eu mesma
fazia o processo de alisamento.
Eu simplesmente não me
imaginava de cabelo molhado em nenhum lugar que não fosse o salão, por anos
amigos meus não tinham a menor ideia de como era meu cabelo molhado, nem eu
mesma conhecia a textura do meu cabelo. Eu não ficava com ele molhado o
suficiente para saber, da pra contar às vezes em minha vida que fui à praia ou
piscina e permitia que ele ficasse molhado.
Ainda na adolescência minha mãe resolveu
dar uma ajudinha no alisamento e aplicou henê em meu crespinho... Gente que
tristeza... Imaginem fase da adolescência que a aprovação dos outros pesa
demais, e foi justamente nessa fase que eu fiquei praticamente careca, eu só
conseguia colocar tiaras em meu cabelo, nada mais era possível, eu não era uma
menina vaidosa e por diversas vezes fui confundida a um menino, frustrante,
nenhuma foto de recordação ficou (Graças a Deus). Assim voltei correndo ao meu
velho companheiro, o ferro, com o tempo voltei a ter meu cabelo liso e
grandinho, nessa traumatizei, química nem pensar.
Descobri o Youtube e comecei a pesquisar sobre
maquiagens, queria um pouco de vaidade na minha vida, nada exagerado, e nessa
acabei encontrando vlog e blogs que mesclavam o assunto maquiagem e cabelo e
muitos deles dedicavam-se ao cuidados de cabelos crespos... Lindos por sinal.
Comecei a querer saber sobre meu próprio cabelo
já que eu carregava algo desconhecido por mim mesma, mas faltava algo... CORAGEM...
Enfrentar comentários do tipo: “E aí quando vai domar sua juba???" , não
deixei de ouvir não, mas vamos que vamos, deixa esse tipo de comentários pra
trás.
Nesse
tempo minha irmã ficou grávida e teve uma menina linda, de cabelo crespinho,
meu desejo era que ela amasse seu crespo, mas algo martelava em mim ...
"Você é exemplo, não é teu discurso e sim tuas ações que pesará para
ela", adiei por um ano minha mudança, mas por ela decidi mudar.
E hoje mudei, aceitei meu crespo e
carrego ele por onde eu for, muito insegura a princípio, totalmente preocupada
com a aprovação social, mas houve grande aceitação dos amigos... Muitos
elogios...
Mas meu pai ainda não acha meu crespo muito
gatinho, não recrimina minha atitude, mas não aprova com o sorriso nos lábios,
tudo bem não dá pra agradar a todos, rsrsrsrs.
Assim ando, carregando com orgulho minhas molas.
Comecei a trajetória no dia 09/11 há exatamente um mês, por incrível que
pareça, a sensação é que já tem muito tempo, como passou rápido esse mês.
E ai meninas gostaram? Mandem histórias pra gente, pode ser pelos comentários, ou pelo Facebook (
Camila/
Marina), ou pelo e-mail: kha_goncalves@hotmail.com, mais mandem!
Beijos, Camila ;)